segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Desprezo (e seu inverso)

O meu amigo Luís Alberto diz que uma faca corta um pão que é uma beleza, passa manteiga e tudo... mas degola um pai de família fácil fácil. É que nem a anedota de alguém do Family Guy que ao ouvir que as armas são a desgraça da humanidade, puxa um revólver, põe na mesa e fica mandando: "Vai, me mata! Atira, atira!", e ela fica lá paradinha.O grande mestre Claude Chabrol dizia que só poderíamos chamar de "cineasta" àquele que tem consciência do que faz: pensamento fruto de uma reflexão juvenil grupal acerca da "política dos autores", na famigerada Cahiers du Cinema dos anos 50. Godard, como bem coloca Sylvie Pierre, fez sua odisséia sobre; "pois o Fritz Lang de O desprezo é uma criatura política: sua Odisséia é a Odisséia do autor". O texto de Sylvie Pierre o li num blog militante, de um cara que traduz os textos e os disponibiliza gratuitamente, sem ganhar tostão algum.

http://dicionariosdecinema.blogspot.com/

Internet - que ferramenta né?

Mateos.

domingo, 26 de dezembro de 2010

What makes a mann to wander?

Michael is the fucking Mann! (Cauby Monteiro)
É fato que escrevo quando o fato quer se escrever. Interno ou externo, é o fato, que em mim transcriado, transborda e materializa-se quando, ao acaso, decide-se.
Sobre paixões.
Porque tava louco pra dizer esses dias há tempos: "Chega de cinema americano!". Tava mesmo voltado pro cinema brasileiro asiático francês italiano, distante do tio Sam.
Aí vieram 3 velhos camaradas - Lynch, Ferrara e Mann - e simplesmente explodiram com tudo.
Aí eu vi Thief do Mann e gritei: "Viva o cinema americano!", com lágrimas nos olhos vendo o James Caan detonando o mundo e seguindo solitário no horizonte. De novo. Sempre.
Vi a paixão desse fucking Mann por regiscriar a noite com seus neons e faróis, o gueto com seus marginais, os carros com seus reflexos, as armas e seus estrondos, as músicas e sua potência emocional. Senti todo o interesse que esse puta sensível tem pelos foras-da-lei, todo o drama de não poder se relacionar de forma plena, toda a responsabilidade de ser livre. Vibrei com cada ângulo, cada travelling, cada zoom, cada silêncio inesperado, cada slow sangue jorrando na calçada.
Quanta liberdade, quanta História, quanta Mitologia, quanto Vigor criativo, quanto Rigor técnico!
Lembrei que existia Michael Mann, e de quanto era imensa a sua paixão pelas coisas, objetos e sentimentos. Lembrei que existia o cinema, o cinema americano, e de como o thriller pode realmente nos causar emoções verdadeiras. Lembrei que existiam poetas cinematográficos, e que nenhum poeta - use ele a ferramenta que usar - vai tratar de pequenos temas, simplesmente porque tema nenhum é pequeno; lembrei que a obra de arte não trata de nada, pois ela quem adoeceu. Lembrei que existem filmes, e existe Cinema. Lembrei do Gombrich: de que não existe a Arte, mas artistas... e conclui que não existem gêneros, mas obras. Lembrei que é dos EUA que vem o cinema mais experimental do mundo - lembrei de Andy Warhol, Michael Snow, Maya Deren. Lembrei que o Monument Valley era apenas um lar físico de poucos, e que hoje é um lar espiritual de muitos.

Lembrei o quanto o homem pode ser fascinante quando dirige o seu olhar apaixonado, e cria. Agradeço a Michael Mann, os insights. E ao homem-mito que parte rumo ao horizonte - ride away...

Mateos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

tudo no tudo (a implosão)

“Cê me viu por aí? É que eu to tentando me achar...” (Lucas Gouveia)

Paul Thomas Anderson, em Embriagado de amor, se coloca enquanto desafio estético, vários obstáculos. Entre eles, porém, acredito que os mais importantes são: a fotogenia e a música.

Logo, sua matéria-prima vem daquilo de inefável.

O termo “fotogenia” passou por vários significados em sua caminhada histórica. Em 1851, nos primórdios da fotografia, ele surge para designar os objetos que se impressionavam na placa fotográfica; aqueles que a luz refletia suficientemente para a sua eternização eram os chamados objetos “fotogênicos”. Depois surgem emulsões cada vez mais sensíveis e tranquilas do tal processo e o termo ganha outro sentido, que é o que conhecemos hoje no dia-a-dia. Quando falamos que uma pessoa é fotogênica queremos dizer que ela sai bem na foto, que é valorizada por ela.

Na vanguarda dos anos 30, na França, Louis Delluc se apropria da palavra para trabalhar um sentido de fotogenia mais místico, e que pretende estabelecer o estatuto do cinema enquanto arte, ou no mínimo enquanto fenômeno nada desinteressante. O elogio a esse “grande mistério de um aumento sensorial e sensível da realidade através de sua filmagem” tinha o interesse de colocar a questão do ato fílmico diretamente relacionada com uma possibilidade de adentrar o real através das aparências, ou como alguns contemporâneos costumavam designar, o surreal. Não seria algo inerente ao cinema tal fenômeno, impreterivelmente dependeria do olho humano que conduzisse o mecânico. Certas técnicas como a desaceleração, o primeiro plano, e, principalmente, o gosto por certas iluminações eram rituais de aproximação destes fenômenos ocultos da realidade.


Do primeiro ao último plano é esta preocupação que estabelece a principal linha estética de condução dessa narrativa cinematográfica. Segue perpendicular a esta reta a banda sonora. A harmonia é o principal tema desta obra de arte.

Para a harmonia existir e a música da luz acontecer são necessários a melodia e o ritmo. A melodia vem em diálogos, olhares, gestos, signos; o ritmo vem em movimentos de câmera, coreografias de corpos e objetos, movimentos de iluminação captados pela lente, corte.

Para a música existir e a harmonia da luz acontecer são necessárias a cor e o timbre. A cor matiza o sentimento: fria e triste (azul =“blue”), quente e forte (vermelho); o timbre pontua o sentimento: pesado e angustiante (como um batuque frenético), suave e aliviante (como violinos se harmonizando).

“A música é a arte dos sons em movimento”. “O cinema é a arte das imagens em movimento”. “O ritmo é a organização do movimento por meio de subdivisões de tempo e acentos”. “A peça cinematográfica conta-nos uma história humana ultrapassando as formas do mundo exterior – a saber, espaço, tempo e causalidade – e ajustando os acontecimentos às formas do mundo interior – a saber, atenção, memória, imaginação e emoção... Estes acontecimentos alcançam isolamento total do mundo prático através da perfeita unidade de enredo e forma pictórica.”

O cinema enquanto máquina produz um tempo, o espectador enquanto pensamento o compreende porque sonha. O amor enquanto sentimento é produto cultural, o amante apenas ama. A razão enquanto chave de leitura uma liberdade, prisão. A música e a fotogenia não traduzindo, sendo. ‘Estranho’ é novo, novo vale? O que vale? O morador de rua questionado acerca do que é arte disse que “tudo pra quem gosta é bom né?”

“To cansado desses textos idiotas!” E de escrever frases que só o Ícaro vai entender. “Tudo é movimento Dermond”, começo a me sentir estrangeiro nessa blogosfera.unrrailixi nessa internet. vou passar temporada na caverna, descobrir outras ferramentas.

Mateos.

Ato relato

Que analisar algo se tratava de abarcar um pequeníssimo pedaço do fenômeno eu já sabia, mas recentemente a vivência de certas situações trouxeram novas rugas de (in)compreensão.

A obra de arte como fenômeno independente de seu criador (como, supostamente para uns, nós) também já era totalmente aceitável na confusão dos meus juízos, mas recentemente a vivência de certas situações e sua posterior análise me fizeram tropeçar em conclusões nada conclusivas.

Na minha atual palheta de entendimento encontravam-se categorias de análise bem humanas ao procurar a causa primeira da coisa-artística: ‘inteligência’, ‘sensibilidade’, ‘percepção’, ‘espírito’, ‘sentimento’, ‘personalidade’. O ‘domínio técnico’ sempre me encantou, e, falando de preferências, ponho na frente de obras de vários artistas obras virtuosísticas de grandes artesãos, mas, falando de substância primeira, não acredito que seja o ‘domínio técnico’ essencial; sem ele se fizeram grandes obras, porém sem o mínimo ‘senso artístico’, nananinanão.

Tem artes que são mais influenciadas pela qualidade do seu instrumento que outras. No caso da escritura, por exemplo, a caligrafia não tem importância alguma – onde ela tem importância na verdade é justamente na arte da caligrafia. A arte cinematográfica talvez seja – salvo engano – a que tem o produto mais influenciado pela Máquina.

Isso não tinha aprendido pensando, tive que aprender vivenciando. Pragmaticamente também ratifiquei conclusões de outros, e que apenas “sabia” de forma rasa. Um exemplo é o aforismo rohmeriano de que “todo filme é um documentário de suas condições de produção”. Eu não sei se não entendia essa frase em seu sentido profundo por questões de maturidade, porque ela se perdia na tradução ou porque ela queria significar outra coisa mesmo e eu estou tendo outro pensamento... Enfim, só sei que colocaria dessa forma (pra esclarecimentos próprios mesmo, a partir dessas tais vivências recentes): Todo filme FAZ um documentário de suas condições de produção.

Qual a diferença? É aí que entra o pensamento sobre-vivente, que retoma o tema do meu atual relacionamento com as máquinas... & inicia-se o corpo do texto, depois deste extenso prólogo.

Este pensamento prematuro foi gerado durante dois meses, período que decidi esquecer a segurança e transar valendo com os instrumentos técnicos audiovisuais. Desde então, todos os dias, dedico horas gravando ou editando – só o que quero. Nessa brincadeira descobri que não se faz cinema sozinho, nunca! Mesmo num filme do próprio umbigo precisamos de 2 coisas: um ser humano e uma câmera. Foi então que senti na pupila o “cine-olho” a que Vertov tanto se referia.

Vontade, Poder: serão realmente apenas qualidades animais, vegetais?

Se da razão me utilizar para tentar compreender a minha relação com a máquina de filmar neste processo – que fui convidado por Danilo Bracchi, junto com Edison Santana, para uma tríade de experimentação entre música, dança e vídeo – chamado Curimbó, será como um tiro no pé.

Nada teve sentido lógico-racional: queimou câmera, HD parou de funcionar e levou arquivos, softwares se renegaram a abrir, fitas se deterioraram em tempo surpreendente... e coisas que nem sei explicar.

Eu, até então, tinha tido uma sorte imensa com as máquinas; mesmo não sabendo nada de técnica elas haviam respondido e cooperado totalmente com aquilo que eu desejava.

Mas dessa vez foi tudo diferente, foi como uma briga: eu fazia e ela desfazia, eu fazia e ela desfazia... até essa Coisa – nascida dessa porrada – vencer.

De repente olhei o produto e não era o que eu queria, haviam Erros. Mas acompanhando-os percebi que não havia produto mais honesto do que foi o processo do que aquilo. A Máquina , presente na imagem que se desenrolava, tossia a sua “imperfeição”, construía a presença de sua ‘maquinicidade’.

Aquele filme era, também, um documentário, feito à minha revelia, das condições existenciais do processo, que compreendia em sua gênese o movimento cosmogônico de uma trindade: Natureza-Homem-Máquina.

Logo de cara pensei que aquele produto que me foi apresentado em primeira mão não agradaria o público ao qual era destinado. Não acreditei nem mesmo que agradaria os meus parceiros.

Onde fui me meter? Eu – neófito, coitado – me envolvendo artisticamente com um pai e um filho de santo; como eu queria que o processo fosse “natural”?

O que aconteceu, para a minha surpresa, é que eles viram e concluíram na hora que não podia ser diferente, e que aquele tinha que ser o produto apresentado.

Sincretizando em ritmo de natal, todo esse relato meio escorregadio me trouxe a imagem do presépio cristão. Os três reis magos, cada qual com o seu presente, seguindo a estrela onde encontrarão o nascimento. Imagino então que chegando lá o menino na manjedoura arrombou o ventre de sua mãe ao nascer, e a matou - afinal ela era virgem, fechadinha. O menino nasceu deficiente, um olho a menos - perdido na guerra contra a casca de ovo. Tranquila e ritualisticamente, compreendendo os fatos através da razão, os três reis magos abençoam a criança, dão meia-volta, e seguem pra casa... com a doce sensação de dever cumprido.

Mateos.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Epitáfio

“Mateus
Eu fui
Tentei te acorda”

Engraçado como a Michelly deixa mensagens que, só aparentemente, são banais. Transanteontem mesmo ela afirmou de riso cínico que eu perco tudo. Respondi na lata que era assim só pra quem analisa trivialmente, que se for se deter mais profundamente no fenômeno eu ganho muito, logo, perco muito – é a famigerada lei da compensação.

Anteontem, eu perdi minha câmera de filmar. Isso pode parecer pouco para algumas pessoas, além de ser algo que eu tinha ganhado e não comprado com o meu suor, mas foi tão dura a história que estou catatônico até agora. Se for ler o acontecido na chave afro-religiosa só posso crer que foi mandinga (e da braba!). O enredo da farsa é digna de um teatro do absurdo, tô esperando godot até agora me explicar o que aconteceu.

Me desculpem o leitores ocupados, esse texto é só uma forma catártica-terapêutica de tentar salvar o meu drama, um processo alquímico de transformar tragédia em comédia, uma pitada de filosofia da vulgaridade para deixar a vida um pouco menos amarga. Me agradeçam os leitores desocupados, toma-te aí uma boa dose de sub-machadismo.

Devo admitir que finjo não me importar com as separações e ao mesmo tempo finjo que me importo totalmente com as separações. A verdade é que eu me importo completamente, e não me importo com toda a minha força. O interessante é o foi – e o ainda bem. O interessante foi o é. Sim, o interessante foi, não é mais. Aff; ufa. Enfim...

Só sei que bradei, braços estendidos, olhos no alto, o clichê das paixões: Por que me abandonastes?

Ou fui eu que te abandonei!? Meu Deus!

Que relação é essa com as ferramentas? É lógica? É sentimental, emocional? Da bola à bicicleta, do skate ao vídeo-game, do dvd ao computador, do violão à câmera... instrumentos de brincar de expressar-se. Instrumentos de comunhão. Como nos deixam? Ou como deixamos eles? Nós que por momentos somos um!

Mas enfim... apesar de nada ser substituível, tudo é substituível. A gente aprende dos que já viveram que tudo passa, e descobrimos que é verdade: tudo passa. Sim, tudo passa, mas nada passa.

Ao menos da minha relação com a Sony Mini-dv DCR-HC52 ficam gravadas memórias que não vão se desbotar com o tempo. Os tais momentos de eternidade poderei rever – partindo do pressuposto que o meu computador não vai me abandonar e as mídias não vão se esconder.

Este filme (ainda sem título), que está terminando seu processo de filmagem, será dedicado a você meu bem - pois sem você ele não existiria. Esteja onde estiver saiba que é com honras que enterro a sua presença, e com lágrimas nos olhos. Lutaste bravamente, sempre!

Adeus.

p.s:Este texto é dedicado ao Eliphas Lévi, ao Catatau e ao biscoito da sorte, que disse sem creditar: “um sentimento expresso de forma autêntica e pura: poderosa influência oculta”.

Mateos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O anjo do arrabalde

Depois de mais de 10 minutos de cenas documentais da vida nas beiras das estradas canarinhas, 3 vezes o close intercalado pelos caminhões, o sol na cara, a fala ulterior – utilizada sempre de forma essencial-econômica por este cineasta – expressa a vulgaridade (vulga verdade); a luz é estourada, a cabeça meneia, o olhar é cabisbaixo: “Êta vidinha de merda!”. É o início de “Aopção ou Rosas da estrada” & a cartela de todo o cinema de Ozualdo Candeias, um dos cineastas mais inventivos de todos os tempos.
Depois surgem imagens familiares dos que vivem às margens dos rios de asfalto. O som, tecnicamente precário, só tem comparação em sensibilidade de percepção estética no cinema bressoniano. A sinfonia de ruídos é mamada nos seios da Natureza e da Humanidade, nos sons de animais e nas buzinas dos caminhões, nos uivos do vento e nas sintonizações dos radinhos. É uma orgia de simplicidade e potência.

A alegoria sexual da próxima sequência apresenta um Homem que não está nada distante do puro instinto animal. E uma Mulher, prostituta por não ter opção, que sobrevive do asco. Na segunda vez em que alguém pronuncia palavra no filme (que já vai chegando ao seu terço) implora-se, depois da ânsia de vômito dominada, que desligue a luz. Este Homem – caminhoneiro – trata esta Mulher como o seu automóvel. Com o martelo dá umas pancadinhas nos pneuzinhos dela. Bate também no seu instrumento pra ver se tá tudo durinho. O circo armado, cospe na mão, lambuza o pau e bate uma punheta; as mãos debatendo-se nas nádegas dela. Depois segue viagem. Apenas uma parada necessária e prática que precisava ser feita para poder continuar, como a troca de um pneu.

As primeiras falas que surgiram no filme foram de mulheres da estrada; e, apesar de ser um filme sobre a desgraça que é a vida dessas coitadas, a terceira fala é de um homem, tão fodido quanto. Ele vai cagar no banheiro da borracharia, na parede vários recados indecentes de viajantes, sabemos do contexto e já fomos dominados pelas imagens dessa “vidinha de merda”; quando ele, instintivamente, profere um “é, meu irmão, é isso aí...” solitário, antes de abrir a porta e voltar à realidade, já não observamos mais friamente... Sem direito de sonhar, o homem medita, analisa a cagada, limpa a bunda, e toca pra frente. Tem que ser...

Ozu Candeias, como o Ozu Yasujiro, de 50 mm empunhada, está preocupado, acima de tudo, com a realidade. Mas a realidade enquanto linguagem – que a fotografia inventou, e que o cinema encampou em duração.

O Pasolini brasileiro, o Cassavetes das valas, o Vigo dos trópicos, o Buñuel do Tietê, o Mario Peixoto cine-reencarnado... a verdade é que nenhuma comparação atinge a originalidade deste cineasta apócrifo de qualquer Bíblia do Cinema.

A tragédia é sua alçada, a desesperança o seu tom, a crueza o seu habitat. Não sobrevive da miséria, vive nela. Da destruição cria, do horrível faz poesia. Inventor de formas, eterno experimentador, ser que só poderia se expressar plenamente na forma audiovisual. Reúne no ato fílmico o ápice da evasão onírica e o zênite do poder de registro. Com a câmera em mãos esquadrinha o mundo decantado pela sua imaginação.

Caminhoneiro, pela estrada da vida sempre perseguiu no horizonte o cinema, e nas margens o mundo. O diário de bordo é composto por 10 longas, 2 médias, 11 curtas e 4 vídeos.

Encontram-se 5 pérolas para baixar aqui:


Aqui um estudo no resgate de sua obra:


Mateos.