quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Aquele querido mês de agosto (ou: o mistério que chamamos cinema)
Filme belíssimo o do português Miguel Gomes e sua equipe Som e Fúria. Experimental, faz um
filme único.
"Documentário", "ficção", "fake-documentário", "cinema direto", "cinema verdade", "fábula", "cotidiano". Chato é ficar tentando explicar logicamente onde o filme se encaixa teoricamente. Projeto filmado em dois agostos na região da Beira - um para registrar oniricamente a realidade, outro para confabular amadorísticamente a ficção - a experiência audio-visual é pra deixar qualquer um encantado.
As sobreposições feitas são das mais belas que já vi na sala escura - pictoria e dramaticamente falando. O choro da menina é pra chorar. Filme imperdível no Cine Líbero Luxardo (que estava vazio hoje), apenas até domingo. Está entre os melhores que vi nos últimos tempos.
Um filme que começa com galinhas fugindo de uma raposa e termina com a equipe do filme filosofando sobre som; que tem cenas adolescentes de um primeiro amor físico e inúmeros números de conjunto musical; que propõe o jogo e a observação, o encantamente e a imersão, o ouvido e a visão. Toda a falsidade e verdade que constituem o mistério que chamamos cinema.
Mateus Moura.
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Esse filme sim é obra prima e maravilhoso.
ResponderExcluirMelhor do ano passado.Se passasse ainda mais uma vez no circuito, melhor deste ano.
lancei outra bomba no caso tarantino
ResponderExcluirahaiuhaiha... que coisa, aqui só chegou agora. Filme grande mesmo Brito, obra única!
ResponderExcluirmuito obrigado por essas bombas, nada mais emocionante que a guerra dos argumentos.
Olá,
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