Só mudando o sentido das palavras poderemos entender o real sentido da existência delas. O mesmo a qualquer linguagem que engendramos no contato com as coisas.
Nós (nós) nem precisamos realmente mudar o sentido (com o nosso Poder), apenas Quedar diante das coisas, esperar observar o movimento: as diversas formas que elas tomarão.
Que inenarrável beleza é demorar ante uma imagem: examinar o Tempo.
Sozinhos ademais plenos na noite estrelada teremos sempiternamente ela: a linguagem, como companhia e companheira.
talvez seja um vício talvez virtude
Sei apenas, que nessa relação Um existe dentro do Outro;
há, naturalmente, uma inter-dependência. é o Cosmo (palavra & sentido)
Eu a escuto
Ela me escuta
e quando,
Uníssonos,
cantamos no silêncio,
somos virgem, gêmeos.
Ela diz quando me escuta:
-Não digo nada de novo. Com a experiência percebi que coisas valiosas da humanidade não eram generosamente ouvidas por causa das pedras do pré-conceito e da distração. Com o que aprendi quis convencer, humildignamente, através da beleza cintilantemente ilusória do barril de embriaguez lúcida chamada linguagem, o que todo mundo sabe dentro e o esquecimento velou.
E eu, quando a escuto, discuto:
-Ter um posicionamento crítico verdadeiro não é defender um ponto de vista, mas convidar, humildignamente, o outro a habitar as veredas da materna pensamenta.
Depois transamos, às vezes gozamos ao mesmo tempo às vezes não, mas sempre nos satisfazemos. E depois dormimos. Eu sonho com ela, ela move meu sonho, e nos esquecemos no son(h)o de um agora outro (outrora).
E aí o dia amanhece, e tenho que sair da caverna do ninho nosso amor, porque preciso caçar, ganhar, pagar. Ela fica triste,
Assim é: fa minto
como uma melodia
Mateos
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