"Ora, ninguém dá valor a um óbvio não sistematizado" (Renata Negrão)
Meu pai cada vez reclama mais do progressivo esmaecimento da minha didática nos textos que venho fazendo aqui no blog. Como filho teimoso que ele criou, naturalmente, eu replico me utilizando de milhares de argumentos. Às vezes em casa no almoço, me sinto n'As Nuvens de Aristófanes.
Um dos argumentos - e o mais teimoso porém lúcido deles - é a desnecessidade. Não tenho vínculo institucional ou eleitoral: com estes pouco lidos textos não tenho pretensão de sobreviver financeiramente (tutú) ou politicamente (voto). Também pretensão alguma de ser crítico, ensaísta, teórico, cinéfilo, etc... prefiro ser nenhum pra ter liberdade de ser qualquer. Não tenho pretensão alguma; inclusive, e principalmente, a de ser despretensioso.
Além da falta de didática, outro fato incômodo é a subjetividade. Alguém que está falando dos seus amigos e seu dia-a-dia (ou do seu pai) num texto que se pretende crítico sobre arte é como um cineasta falando de natureza humana se utilizando de um papo trivial sobre as características do seu super-herói favorito - quem está acostumado à "aura", ao "museu" e as "grandes artes" com certeza não tem porque levar a sério os textos ingênuos dos apaixonados. Who cares?
Sim sim, é importante o debruçar científico, o conhecimento enciclopédico, mas acredito que esse lugar aqui (a blogosfera) flutua mais solto, longe dos supérfluos.
O blog é o lugar dos amadores, analfabetos, perdedores.
Assino agora apenas Mateos.
Do alto da majestade das minhas nuvens, indigente bloguista na cidade de Belém do Pará.
Mateos.
oi filho, valeu vamos continuar a conversa, pois está bem legal, como disse aqui em casa, gosto muito dos seus apaixonados textos acríticos.
ResponderExcluirHAHAHA teu melhor texto
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