quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um poema para Robert Bresson

Saindo de uma Projeção de Bresson

Passeio na praça. Pombos, asas: sons imagens.
Que belo é o movimento. Que mundo é o som.
Que rosto, que gesto, como são belos os olhos,
como são hábeis as mãos,
que ritmo os pés. que ritmo, que ritmo os pés!
As imagens e sons dizem: - Me perco em você.
Tudo passa, tudo cheio de Graça, passando.
Sendo tudo, signficando nada, por instantes
sou o cinematógrafo.

Não, já não sou, já não fui.
Só o cinematógrafo
conhece o é.


Mateus Moura (07/05/09)

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